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quarta-feira, 16 de março de 2011

"Crianças que crescem com cães e gatos tem menos chances de desenvolver alergias






Uma publicação do Jornal da Associação Médica Americana demontra que crianças que crescem com cães e gatos têm menos chances de desenvolver alergias.

Foram analisadas mais de 400 crianças durante sete anos e foi descoberto que aquelas que estiveram expostas a dois ou mais animais de estimação tinham metade da chance de se tornar alérgicas.

O Dr. Dennis Ownby, da Faculdade de Medicina da Geórgia, acredita que as endotoxinas encontradas na boca de um cachorro ou de um gato têm uma influência positiva no sistema de defesa da criança.

Antes dessa publicação, muitos acreditavam que os animais pioravam a alergia das crianças. Com isso, era prática comum isolar os filhos para protegê-los. Outros acreditavam que o contato com as bactérias ajudavam a desenvolver o sistema imunológico.

Até agora, no entanto, essa última afirmação não tinha nenhuma base científica.

Mas é importante saber que o contato com os animais diminui a chance de desenvolver uma alergia, não diminui a alergia quando a mesma já está instalada.

E essa é uma confusão que muitas pessoas estão fazendo ao ler notícias nesse sentido.

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Crianças que crescem numa casa com dois ou mais cães ou gatos durante o primeiro ano de vida, parecem ter menos propensão para desenvolver doenças alérgicas, quando comparadas com crianças que crescem sem animais de estimação, segundo um estudo de 28 de Agosto publicado no Journal of the American Medical Association. O estudo foi apoiado pelo Instituto Nacional de Doenças Alérgicas e Infecciosas (National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID)) e pelo Instituto Nacional de Ciências de Saúde Ambiental (National Institute of Environmental Health Sciences (NIEHS)).
“A grande descoberta aqui é que a elevada exposição a animais de estimação, desde cedo, parece proteger não apenas contra alergias provocadas por animais, mas também contra outros tipos de alergias, tais como ácaros, pólens, e erva”, diz Marshall Plaut, M.D, chefe da secção de fenómenos alérgicos no NIAID. Outros estudos atribuem um efeito protector à exposição de animais quanto a sintomas de asma e alergias, mas basicamente olham apenas para o facto da exposição a animais reduzir as alergias aos próprios animais. As novas descobertas mudaram a forma como os cientistas consideram a exposição a animais, sendo que agora têm de procurar explicar como é que esta exposição causa uma alteração geral do sistema imunitário face à resposta alérgica.Neste artigo, o autor principal Deniss R. Ownby, M.D do Colégio de Medicina de Georgia e colegas, sugerem que as bactérias existentes nos animais podem ser esponsáveis por suprimir a resposta
alérgica do sistema imunitário. Estas bactérias libertam moléculas denominadas endotoxinas, e crê-se que estas endotoxinas alteram o desenvolvimento do sistema imunitário na resposta às alergias através de uma classe de linfócitos denominados de células Th-2, que estão associadas às reacções alérgicas. Em vez disso, as endotoxinas podem estimular o sistema imunitário a activar as células Th-1 que podem bloquear as reacções alérgicas.
Os investigadores seguiram 474 crianças desde o nascimento até aos 6 ou 7 anos de idade. Quando as crianças atingiam o ano de idade, os investigadores contactavam os pais para saber quantos animais de estimação tinham em casa. Quando as crianças tinham 2 anos de idade, os investigadores mediam o nível de ácaros alergénicos que existia nos seus quartos. Quando as crianças tinham 6 ou 7 anos, os investigadores testavam os seus anticorpos alérgicos a alergias comuns, através de duas abordagens – testes de pele (skin prick – consiste na introdução de elementos que podem provocar alergias, e observar a reacção) e de sangue.
Depois de ajustar os níveis, por exemplo, de ácaros, pais fumadores e a existência de cães ou gatos, os investigadores descobriram que as crianças expostas a um ou mais cães e gatos durante o primeiro ano de vida tinham, em média, 66 a 77 por cento menos probabilidade de ter quaisquer anticorpos alérgicos a alergias comuns, quando comparadas com crianças expostas apenas a um ou nenhum animal, durante o primeiro ano de vida.
“As nossas descobertas sugerem uma área de investigação com muitas possibilidades, que podem dar frutos na próxima década” diz o Dr. Ownby. “Se pudéssemos descobrir exactamente o que existe nos animais ou nas bactérias que comportam, que previne a resposta alérgica, os cientistas talvez possam desenvolver novas terapias para alergias, baseadas nesse conhecimento”.
NIAID é um componente do Instituto Nacional de Saúde (National Institutes of Health (NIH)). NIAID apoia bases e aplica a investigação para a prevenção, diagnostico e trata doenças infecciosas e imunitárias, incluindo o vírus do HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis, de potenciais agentes de bioterrorismo, tuberculose, malária, doenças auto-imunes, asma e alergias.
NIEHS é um componente do NIH que conduz e apoia investigações nas causas ambientais e nas doenças que estas podem causar e despoletar, bem como a susceptibilidade dos humanos às mesmas.
O Instituto Nacional de Doenças Alergias e Infecciosas é uma componente dos Institutos Nacionals de Saúde, Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos.

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